17 julho 2014

ENTREVISTA COM MASÉ SANT'ANNA


Uma das maiores cantoras do Brasil e responsável pelo show em homenagem a um dos maiores artista de nossa música. Ela rodou o Brasil inteiro fazendo show em homenagem aos 100 anos de VINICIUS DE MORAES, um dos melhores shows que já vi e tive o prazer de participar. MASÉ SANT'ANNA, uma das maiores cantoras da atualidade e uma pessoa excelente. Conheça a história desse talento brasileiro e dessa responsabilidade de cantar uma obra tão grande que é a de VINICIUS DE MORAES.


AN - ONDE NASCEU?
MS - Nasci em Brasília, Distrito Federal, no dia 18 de março.

AN - COM QUANTOS ANOS COMEÇOU O INTERESSE PELA MÚSICA?
MS - Nasci gostando de música. Minha mãe cantava, meu pai cantava... Sou caçula de uma família musical, todos gostam de música. Minha mãe acordava e ligava o rádio e dizia: “Casa sem música é um corpo sem alma”. Até hoje acordo e ligo o rádio.

AN - NA SUA FAMÍLIA TEM OUTROS MÚSICOS?
MS - Nenhum profissional... Meu pai dizia que era filho do compositor Antenor Gargalhada, mas isso nunca ficou comprovado.

AN - FALE UM POUCO DAS DIFICULDADES NO MEIO MUSICAL.
MS - São muitas as dificuldades...

AN - SUAS INFLUÊNCIAS?
MS - São muitas as influências, mas as mais fortes são sem dúvida: Caetano Veloso, Zizzi Possi, Bob MacFerrin, Gal Costa, Maria Bethânia, Elis Regina, Elizeth Cardoso, Emílio Santiago, Sarah Vaughan, Djavan, Paulinho da Viola, Edu Lobo, Cassia Eller, Fátima Guedes e o chorinho.

AN - PROJETOS?
MS - Sempre tenho muitos projetos... Este ano, por exemplo, é o centenário de Dorival Caymmi, que não podemos deixar passar em branco; Sarah Vaughan faria 90 anos, estou pensando numa homenagem a ela... Mas quero também reativar o projeto Essas Mulheres Brasileiras, uma homenagem às nossas compositoras, que foi apresentado ao público em 2011 e foi uma delícia de fazer. Tem também o CD, que já passou da hora de gravar. Um desses projetos sai este ano!

AN - PUDE PRESENCIAR SEU TRABALHO EM HOMENAGEM AO MESTRE VINICIUS DE MORAES, FALE UM POUCO DESSA EXPERIÊNCIA.
MS - Vinicius de Moraes sempre esteve muito presente na minha vida. Cantei durante 13 anos no Vinicius Bar, o repertório lá é essencialmente Bossa Nova e cantava Vinicius sempre. Tenho muito carinho pela pessoa e pela obra de Vinicius. Fazer um espetáculo em homenagem ao centenário dele foi uma alegria, um prazer que sinto até hoje e uma emoção que levarei até o fim da minha vida. Tive a alegria de ter comigo os melhores músicos e amigos que alguém pode ter: Cesar Machado, Adriano Giffoni, Misael da Hora, Nando Chagas, Dudu Viana e Antonio Carlo Souza. Emocionei-me, as pessoas se emocionaram e os contratantes gostaram muito também. Tive apoio, tive cumplicidade. Vinicius é um poeta maior e foi homenageado em todos os lugares. Foi uma honra ter feito parte dessa festa.


AN - COMO FOI O CONVIVIO COM ESSES MÚSICOS NO PROJETO DO VINICIUS DE MORAES?
MS - Somos amigos, o que torna a convivência algo sempre prazeroso. Eu os respeito e eles me respeitam. Nas viagens, falamos de música e de nossas vidas. Eles são excelentes em tudo o que fazem e me tratam como uma irmã, como uma igual. Isso é raro entre músicos e cantores. Tirei a sorte grande!

AN - FALE DOS PRINCIPAIS LUGARES ONDE VOCÊ TOCOU, COMO FOI A RECEPÇÃO DAS PESSOAS?
MS - Este foi um projeto exclusivo para o Sesi. Estreamos no Rio (Sesi Centro e Jacarepaguá), depois seguimos para Petrópolis e Friburgo; depois Caxias e, por último, partimos para Macaé, Campos e Itaperuna. A recepção das pessoas em todos os lugares foi supercalorosa, emocionada e vibrante. Cada público é um em cada lugar que a gente vá, mas a emoção é a mesma. Teve muito calor, muito amor. Havia desde bebês até pessoas bem idosas no público. Receber todos foi um presente.

AN - VOCÊ TEM ALGUM TRABALHO GRAVADO? CD OU DVD?
MS - Não tenho. Falha grave. Tenho dvds dos shows que fiz, mas não são comercializáveis.

AN - OS LUGARES ONDE VOCÊ MAIS TOCA NO RIO, AGENDA DE SHOWS. PODE FICAR A VONTADE.
MS - Durante 13 anos cantei no Vinicius Bar, em Ipanema. Foi uma experiência maravilhosa, lá eu conheci o mundo todo (japoneses, ingleses, coreanos, croatas, americanos, noruegueses, argentinos). Minha agenda de shows está em fase de preparação. Ano de Copa do Mundo e de eleições fica sempre muito corrido e restrito, mas Italva está nos nossos planos...

AN - AGRADECIMENTOS.
MS - Agradecer é o momento mais importante e mais difícil... Mas agradeço ao Criador pelo dom de cantar e pela oportunidade de estar aqui; agradeço aos meus pais, por terem colocado a música na minha vida; agradeço aos amigos e familiares que sempre deram força. Aos músicos que me acompanharam e me acompanham, todo o meu respeito e gratidão a você ADILTON DO NASCIMENTO músico exemplar e o site ITALVA EM FOCO por abrir esse espaço para nossa música.

Sou uma cantora do Brasil. Parece simplório, mas eu e todas as que cantam por aqui sabem da responsabilidade que é ser artista num país tão culturalmente diversificado, tão rico em sons, em gestos, em palavras. Um país que pariu Villa-Lobos e Dona Selma do Coco, que pariu Ana Botafogo e Daiane dos Santos; que pariu Antonio Houaiss e a literatura de Cordel… Cantar esse país sem cantar essa riqueza é não cantá-lo. Por isso digo que sou uma cantora do Brasil, por ter orgulho de ter nascido aqui, por ser da mesma pátria que, não tenho dúvida, o Criador abençoou com os melhores músicos do mundo.



Ao longo desses anos, tive no meu canto a influência de várias pessoas; não só de músicos, mas de artistas em geral; minha mãe e meus irmãos (dentre os quais se incluem grandes amigos). Me emocionam profundamente Bob Macferrin, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Elis Regina, Elizeth Cardoso, Emílio Santiago, Sarah Vaughan, Zizzi Possi, Djavan, Paulinho da Viola, Edu Lobo, Cassia Eller, Fátima Guedes, Denise Stoklos, Di Cavalcanti, Klimt, Fernanda Montenegro, Roberto Carlos, Elza Soares, Ray Charles, Elton John, Vivaldi, Ravel, Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Mário Quintana, o Choro e todos esses cantos gospel dos negros americanos... Cantar é a expressão disso tudo. Como se um filme fosse a minha voz.

22 maio 2014

ENTREVISTA COM ENEAS SICON

Um dos grandes mestres da nossa música, nascido em Xerém/RJ, filho de família de excelentes músicos e uma das pessoas que fez parte da minha história musical. É um dos melhores professores de música da região e hoje mora na cidade de Cardoso Moreira/RJ. É com muito prazer que falo de um dos melhores amigos que influenciou vários músicos no Brasil. Meu amigo e grande profissional ENEAS SICON.


AN - Onde nasceu?
ES - Xerém, quarto distrito da cidade de Duque de Caxias/RJ.

AN - Quantos anos você tem?
ES - Ainda  47 anos.

AN - Com quantos anos começou o interesse pela música?
ES - De 8 para os 9 anos.

AN - Em sua família tem outros músicos?
ES - Sim.

AN - Descreva alguns artistas que você trabalhou.
ES - Claudio Caribé Batera, meu primeiro professor de jazz music na Igreja Nova Vida da Tijuca no Rio de Janeiro, onde em 1984 tudo começou. Tocamos juntos durante 10 anos consecutivos na igreja com a Banda Vida, formada por músicos de qualidade: Jetro da Silva (piano e teclado), Alfredo Cardin (piano e teclado), Paulo Jorge (bateria), Ebenézer da Silva (percussão), Almir (percussão), Zic (bateria), Murilo (bass), Samir (sax alto), Samuel e Caldeira (bone), Serginho (flauta transversal) e Ion Muniz (sax tenor). Também tocaram na Banda Vida: David Sicon (bass) (meu irmão) e Davi Batatinha (bass).

Também toquei com Wanda Sá (ex-esposa de Edu Lôbo) no projeto musical Vinho Novo com os músicos Edson e Tita Lôbo no Rio de Janeiro; Ion Muniz (sax) (ex-músico da Baby do Brasil); Zé Canuto (sax) e Adriano Giffoni (Bass); Barrosinho (trompete) (ex-músico da inesquecível banda Bleck Rio); Alfredo Cardin do Fogueira Três; Jetro da Silva (Piano) e Ebenézer (Percussão) (na ofina musical de piano na Escola Nacional de Música no Rio de Janeiro em 2012); Justo Amaro (sax) da Hosana Music; Ron Kenolly e orquestra e coral jazz music; Grupo Logos com meu irmão David Sicon, músico e produtor musical; no momento com trabalho musical com a cantora e compositora América Rocha .

AN - Você tem algum trabalho instrumental?
ES - Sim. Temos 02 segmentos musicais diferentes, mas, com mesmo estilo musical. Um trabalho musical instrumental gospel com a banda Sol de Asafe e secular com a banda Arte da Pedra. A Sol de Asaf foi formada primeiro com Enéas Sicon (trompete), Angelo (guitarra), Glicarinho (bass), Zé Dilau do pandeiro e Makstiler (batera)(tili-bat.). Os ensaios eram na casa dos pais do baterista, depois passamos a ensaiar em um espaço cedido pelo contrabaixista em sua residência, o qual batizamos de "Casinha de Samuel", um local muito especial e marcante na vida musical da Sol de Asaf, coisa da alma do músico.

Depois formamos a Banda Arte da Pedra com Sicon (trompete e teclado), Angelo (guitarra), Makstiler (batera)(tili-bat.), Léo Pacheco (bass) e Dirlandes (voz (dico-voz)), trabalho musical MPB. Tivemos também em um período musical da Arte da Pedra, Adilton (bass (nosso pepeu-bass de sempre)) e nosso local de ensaio musical era na residência de Sicon, na saudosa Montanha Inesquecível! Tivemos também nas duas bandas a cantora inesquecível Gabriela, nossa Gaby-mpb, maravilhosa cantora, canta tudo, música gospel e MPB, com arte, onda e facilidade musical. Sou suspeito em falar, pois sou seu fã. 6. Essas bandas também tiveram uma fase musical onde alguns alunos meus participaram como: Glaucio (Sax Alto), Saulinho (sax-tenor), Cezinha (sax-alto), Maurão (bone) e Rafa (trompete). Tivemos a honra da participação especial na "Arte da Pedra", em um evento cultural na cidade de Cardoso Moreira, o músico Maguinho (trompete) de Campos dos Goytacazes.  Grande músico e parceiro de sempre!

AN - Fale um pouco de suas influencias. 
ES - Os estilos musicais que mais me influenciaram são: bossa nova, samba canção, enfim, os classicos da mpb-jazz. Como trompetista, meu primeiro instrumento, meus ídolos são: Chet Baker, Paulinho Trompete, Marcio Montarroyos, Miles Davis, Dizzy Gillespie, Freddie Hubbard, Louis Armstrong (quando criança, meu apelido era "Louis Armstrong). Na verdade foi o primeiro trompetista de jazz music que ouvi. Na época era o músico trompetista mais falado e badalado na minha terra natal e em casa. 

AN - Você é endose de alguma firma?
ES - Sim. Produtora musical Evolution no Rio de Janeiro do meu sobrinho Wanderson Bass; David Sicon Produções Artísiticas Musicais.

AN - Com quem você está tocando atualmente?
ES - Temos um trabalho musical gospel e secular com a Banda Sol de Asafe. Música gospel-jazz na Igreja Batista Ebenézer em Guarnieri (Italva), Pr. Gedeão Bispo de Sousa.  Banda Arte da Pedra com mpb-jazz em eventos culturais e festas em geral. As duas bandas têm a mesma formação: atualmete somos um trio: Sicon trompete, Tili batera e Thiago teclado. É um trabalho musical 90% instrumental, mas, às vezes tem voz e poesia cantada também faz parte do show! 

AN - Fale um pouco de seu inicio na música. Como tudo começou? 
ES - A música começou no berço familiar, por isso sempre afirmo que em nossa família ninguém nasceu chorando, mas, cantando. Tudo começou em casa com meus irmãos e minha saudosa mae Adilia Sicon. Mamãe era nossa regente musical, com seu ouvido absoluto, sem estudar uma nota musical. Ouvia os hinos (música gospel) e tirava as 04 vozes e passava para nós, Conjunto Voz da Esperança, formado com: Levi Sicon (primogênito-alfa), Elias Sicon, Isaias Sicon, Miriam Sicon, Silas Sicon, Ely Sicon, David Sicon e Enéas Sicon(caçula-ômega). Cantávamos à capela e posteriormente Gerson do violão nos acompanhava. Na época gravamos um compacto (vinil), mas se perdeu, o vento levou... Infelizmente! Meus saudosos pais já não estão entre nós, pai Castorino da Conceição e Mãe Adilia Silva da Conceição/Sicon, inesquecíveis; contudo, o legado deixado por eles está vivo para sempre em nós seus filhos, a família Sicon de sempre.

O conjunto Voz da Esperança fez seu sucesso musical na época na Primeira Igreja Batista em Mantiquira, Xerém, Duque de Caxias no Rio de Janeiro. Posteriormente, com o afastamento de alguns manos da igreja, formamos o conjunto Esperança, agora com outros amigos músicos da igreja e a partir dessa nova fase musical da família Sicon , nasceu Sicon Trompete com 9 anos e David Bone com 10 anos. Assim, o conjunto se tornou vocal e instrumental. Coloquei o trompete na boca com 8 para 9 anos de idade e tirei o primeiro som. Não sabia que nota era, mas logo entrei na aula de música na igreja para a formação da banda de música com o professor Alair Teixeira, meu primeiro professor de música, saudoso e inesquecível. Meu segundo professor de música foi Erodices Frutuoso, teoria musical e canto coral. O terceiro foi Claudio Caribé, harmonia funcional e improvisação arte jazz brazuca. Estudamos também com os músicos Alfredo Cardin, piano e Ion Muinz,sax. Todos inesquecíveis! 

AN - Fale dos estilos de música que mais te estimulou a ser esse músico excelente, com uma postura exemplar no palco.
ES - Como já disse, os ritmos brasileiros são os mais presentes na minha vida musical, desde criança. Caminhar, conviver e estudar com todos os músicos citados teve um peso musical marcante para minha inspiração e motivação artística musical.

AN - Dê uma dica para os iniciantes.
ES - Estudar sempre. Só paramos de estudar após o sono da morte. A prática do instrumento musical é básica, fundamental e indispensável  sempre. O estudo musical individual tem que ser programado e organizado para se ter o resultado desejado. Ouvir os clássicos da MPB que não estão na mídia,música instrumental e jazz music internacional é muito importante para o estudante de música.

AN - Descreva suas maiores dificuldades no inicio de carreira.
ES - Pouco espaço para atuação musical e poucos músicos sérios, dedicados, responsáveis, profissionais de verdade com a música. Infelizmente na época, na minha terra, éramos a minoria com compromisso musical. Sabemos que hoje não está muito diferente do passado, mas, melhorou bastante.

AN - Suas principais influências.
ES - Na época foi Tom Jobim, João Gilberto, Família Caymi, Elis Regina, César Camargo Mariano, Hélio Delmiro, Leny Andrade e muitos grupos gospel como Vencedores Por Cristo, Grupo Elo, Cantores De Cristo, Conjunto Sonoros, Som Maior, Jovens Da Verdade, Quarteto Vida, Grupo Logos e João Alexandre. Esses grupos gospel foram os  que implantaram os ritmos musicais modernos dentro da igreja evangélica no Brasil, ritmos como: samba canção, bossa nova, baião, pop rock, balladas, levadas e o fank art jazz music. Portanto, conheci e toquei todos os ritmos musicais dentro da igreja, porém, infelizmente hoje, temos poesias, harmonias, ritmos e melodias pobres em extremos na música gospel.

AN - Agradecimentos
ES - Agradeço a Deus criador da música e dos músicos, a você nobre músico Adilton do Nascimento-bass por lembrar de nós e  nos proporcionar  este momento marcante e inesquecível  que é falar da minha história musical. Quero ressaltar o nosso amigo Cleber violão, esposo de Rosana Moura, filha de Josué Moura e professora Penha. Cleber é um grande músico, que acreditou em nós e nos deu apoio e ajuda, indicando nosso nome em março de 1997 ao saudoso prefeito Eliel Almeida Ribeiro como professor de música do projeto "O Pequeno Constrói", na secretaria de assistência social, Secretária Ângela. Foi meu trabalho musical na prefeitura do município de Italva.

Agradeço ao meu pastor Gedeão Bispo de Sousa da Igreja Batista Ebenézer em Guarnieri-Italva, pelo apoio e ajuda necessários dispensados a nós  omo músicos. É o conselheiro da Banda Sol de Asafe e um amigo e irmão e verdade de todas as horas. Enfim, agradeço a todos os meus nobres músicos, poetas, compositores e apreciadores amantes da música em Italva, Cardoso Moreira, Itaperuna ,Campos dos Goytacazes, no estado do RJ, no Brasil e no mundo 100% salomantico! prov.18:15! "o entendido busca o conhecimento, e o ouvido do sábio busca a ciência."(palavras do rei Salomão inesquecível)."Música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o som." Portanto, músico, é o artista que manifesta os diversos afetos da sua alma mediante o som."(Sicon).Viva a cultura nacional, arte jazz brazuca  globalizada!

06 abril 2014

ENTREVISTA COM CESAR MACHADO

Um dos melhores músicos do Brasil e do mundo. Esse cara é uma grande fera. Sou seu fã carteirinha. Experiência pra dar e vender com exclusividade para o Italva em Foco; CESAR MACHADO.  Leia a matéria desse irmão e grande amigo que arrumei na música. O cara já tocou com todo mundo no Brasil e no Exterior. Em breve estarei trazendo-o a Italva para um workshop.  CESAR MACHADO bate um papo com o músico Adilton do Nascimento.


 AN - Onde nasceu e quantos anos você tem?
CM - Nasci em Barra do Piraí em 1951.

AN - Com quantos anos começou o interesse pela música?
CM - Aos 5 anos meu pai já me levava para tocar percussão no conjunto dele e aos 12 anos comecei a tocar bateria.

AN - Em sua família tem outros músicos?
CM - Na minha família todos praticamente são músicos ou cantores, mesmo os que não fizeram da musica sua principal profissão.    

AN - Descreva alguns artistas com quem você trabalhou?
CM - Trabalhei e gravei com quase todos os cantores brasileiro e alguns estrangeiros.  Baby Do Brasil, Emilio Santiago, Delaide Chiozo, Nana Caimmy, João Nogueira, Eliana, Maria Bhetania, Peri Ribeiro, Mary Ecler, Elizete Cardoso, Martinho Da Vila, Norma Sueli, Leila Pinheiro, Tito Madi, Valesca, Selma Reis, Nelson Cavaquinho, Marisa Gata Mansa, Fafá De Belem, Nelson Gonçalves, Emilinha Borba, Angela Maria, Agepê, Marlene, Olívia Hime, Caubi  Peixoto, Claudia Barroso, Leni Andrade, Jean Sablon, Elza Soares, Maria Creuza, Jamelão, Carminha Mascarenhas, Fátima Guedes, Sérgio Ricardo, Leno E Lilian, Wanderlea, Carlos Lyra, Grande Otélo, Rosemary, Kleiton E Kledir, Zéquete, Rosita Gonsalez, Wanderlei Cardoso, Carlos Alberto, Dóris Monteiro, Jerry Adriane, Nelson Ned, Amelinha, Silvio Caldas, Miltinho, Núbia Lafaiete, Roberto Ribeiro, Reinaldo Raiol, Martinha, Antonio Carlos E Jocafi, Wilson Simonal, Celi Campelo, Bob Nelson, Golden Boys, Vanuza, Aguinaldo Raiol, Waldik  Soriano, Ithamara Koorax,Trio Esperança, Os Vips, Claudia, Mariana Baltar, Galdencio Thiago De Melo, Antonio Melo,Claudete Soares Eclaudia Telles.
                        
AN - Você tem algum trabalho instrumental?
CM - Atualmente estou com 3 Cds solos gravados, "Litoral Carioca", "Momentos", "Made for us" e "Toque brasileiro"que contém 425 levadas com as partituras de cada uma delas. 

AN - Fale um pouco de suas influencias.
CM - As minhas influências vieram da minha casa com meu pai Helbe Machado que era guitarrista, com quem toquei durante uns 10 anos e foi a minha grande escola.

AN - Você é endose de alguma marca?
CM - Atualmente das baquetas Vic Firth e Power Click .

AN - Com quem você está tocando atualmente?
CM - No momento tenho dedicado 90% do meu tempo ao meu trabalho solo, a produção e arranjos e com alguns cantores.   

AN - Fale um pouco de seu inicio na música. Como tudo começou? 
CM - Em 1963, iniciei minha  carreira profissional fazendo parte de conjuntos de baile com meu pai ( Helbe machado ) em  Barra do Piraí , tendo a oportunidade de tocar com vários artistas que lá se apresentavam, como por exemplo: Angela Maria, Tito Madi, Nelson Gonçalves, Rosemary, Dóris Monteiro, Vanuza, Wanderléa e Jerry Adriane.


AN - Fale dos estilos de música que mais te estimulou a ser esse músico excelente, com uma postura exemplar no palco.
CM - Eu não tenho preconceito com nenhum estilo, gosto de música, desde que seja bem tocada. É preciso ter uma cabeça aberta, porque em qualquer um deles você pode aprender muito e trazer muita experiência.   

AN - Dê uma dica para os iniciantes.
CM - Estudar sempre, ouvir muito, respeitar e gostar da música. 

AN - Descreva suas maiores dificuldades no inicio de carreira.
CM - Olhando um pouco para traz, hoje vejo que todas as dificuldades que passei para comprar meu primeiro instrumento, conseguir estudar etc...,  não foi nada em função do que ele me deu em troca.
  
AN - Agradecimentos.
CM - Gostaria de agradecer a todos que direta ou indiretamente estejam envolvidos com esse trabalho e dizer que estou muito feliz pela oportunidade de participar desse trabalho e tê-los como amigos.  Ao músico ADILTON DO NASCIMENTO pela oportunidade de mostrar um pouco da nossa carreira. Um grande abraço, muito obrigado por tudo, fique com Deus.   

01 fevereiro 2014

TALENTOS DA TERRA

Na primeira coluna Falando de Música de 2014 trago uma pequena história de um dos maiores músicos da nossa cidade. Na verdade, para falar desse homem é necessário um livro. Pessoa honesta que constituiu uma família maravilhosa. Tenho como meus irmãos JOMAR GONÇALVES BASTOS(NENEN) E GILMAR GONÇALVES BASTOS, dois músicos que herdaram do pai o dom de tocar com uma habilidade impressionante. Músicos que me incentivaram a ser músico também. Só tenho a agradecer a DEUS e a esses três homens que mudaram a história da música em Italva.

       JANNAI FERREIRA BASTOS, casado com dona Zely Gonçalves Bastos, dois verdadeiros exemplos para nossa cidade. Jannai inspirou músicos por onde passou, músicos como IVO 7 CORDAS, RUDYARD, GILMAR, JOMAR, EVERALDO NOBRE, ADILTON DO NASCIMENTO e muitos outros que com certeza vão se lembrar. Eu passava horas vendo esse time tocar e devido a isso interessei pela música. Vamos conhecer um pouco desse super músico que só deixou saudades para nós. LEMBRETE: COLOQUEI NO MEU FACEBOOCK UMA FOTO COM VÁRIOS MÚSICOS. QUEM FALASE O NOME DE CADA UM, GANHARIA UM CD. NINGUÉM CONSEGUIU. NESSA MATÉRIA REVELAREI QUEM SÃO ELES.
JANNAI FERREIRA BASTOS nasceu em Arraial do Salgueiro, pequeno distrito de Miracema, em 20 de janeiro de 1931, onde passou parte da infância. Era o primogênito de 5 irmãos. Filho de Arthur Ferreira Bastos e Maria Salles, mudou-se ainda cedo para Italva onde fixou residência até o fim de seus dias. Barbeiro de profissão, ofício que herdou do pai ainda rapaz, antes também chegou a fazer parte da evolução do município, onde trabalhou como ajudante na construção da ponte que divide a cidade e na rodovia que liga Italva a Campos, hoje BR 356. Abaixo a foto de Italva e da ponte.

Músico autodidata, o seu primeiro contato com um instrumento musical foi com uma violinha americana (conhecido como violão tenor) apresentada pelo seu primo e amigo Aídes Furtado (o Aídes do Bandolim). Devido a grande facilidade, aprendeu rápido a manusear o instrumento, também aprendeu o básico no violão e terminou em seu predileto: o bandolim.
No auge da sua mocidade começou a ser convidado a tocar em casamentos, festas de Italva, Cardoso Moreira e outras redondezas e também nos carnavais e no Antigo cinema de Italva. Também era comum na época apresentação em circos e ele fez muito dessas apresentações em vários distritos e municípios da região. Ele contratava os músicos de sopro e outros instrumentos de Campos dos Goitacazes, formando o conjunto conhecido na época como regional.
Entre os anos 59 e 60, ele teve uma passagem pelo Rio de Janeiro onde tocou na Rádio Marink Veiga e Radio Nacional em um programa chamado Papel Carbono, fazendo participação no regional de Eugênio Gonzaga, irmão do rei do baião, Luis Gonzaga. Na época quem tocava pandeiro era o Jackson do pandeiro, vindo tornar-se famoso nacionalmente.
Mais tarde Jannai tocou em rodas de choro no qual fizeram parte René Zaneri, Walter Badaró de Itaperuna, Aide Furtado, Jairo do violão e Mariveti violão de 7 cordas de São Fidelis e também com seus filhos Gilmar e Nenem, com Ivo 7 cordas e Rudiarde, nossos velhos amigos. Ele se inspirava muito em Jacob do Bandolim, do qual era fã e achava que nenhum bandolinista famoso durante este tempo tinha a palheta da do grande Jacob. A família do seu pai Arthur era toda de músicos amadores com grande facilidade para o aprendizado.
Na foto histórica abaixo trago um momento emocionante. Uma das apresentações do músico em uma festa junina no HISÓRICO COLÉGIO SANTO ELIAS do saudoso SAID TANUS JOSÉ. Da esquerda para a direita: BADE DA BOA VISTA (VIOLÃO), JOMAR NENEN (VIOLÃO), O SAUDOSO JANAIA NO CAVAQUINHO, MURILO NA SANFONA, KINAIPE MARACA E ZEZA PANDEIRO.

05 janeiro 2014

ENCERRAMENTO DE 2013


Gostaria de agradecer a todos os leitores que acompanham  a nossa coluna aqui nesse site maravilhoso.  Já estou preparando varias matérias com músicos italvenses e da região, pois temos muitos músicos talentosos que vão gostar de contar suas história aqui. Falar de pessoas que só contribuíram para nossa história musical. Pessoas como Janaia do Bandolim, Jovi, Alcino Aranha, Ivo 7 Cordas, Rudi 7 Cordas, Everaldo Furtado, Gilmar Violão, Jomar Bandolim, Jonas do Cavaco (Fundador do Ginga do Pagode), Enéias Sicom, Jurandir, Genilson Leite e outros que enriqueceram a nossa cultura. Gostaria de pedir aos leitores e amigos que caso conheça algum músico ou alguma historia musical entrar em contato comigo para que possamos contar a história de cada um e lembrar de pessoas que já nos deixaram, mas que contribuíram musicalmente para a nossa Italva. Envie fotos da antiga com imagens de bandas ou músicos da região para o e-mail que vou deixar logo abaixo. A minha música nasceu na cidade de Italva ao lado do meu amigo Jonas do cavaco, hoje pastor evangélico. Tenho maior orgulho de tocar em varias cidades e falar que sou de Italva.  Fique com DEUS e me ajude nessa nova etapa. Meu e-mail é adilton.bass@hotmail.com